A Rússia declarou um “cessar-fogo parcial” de cinco horas, e disse que seu exército pararia ataques “localizados” neste sábado (5). As regiões beneficiadas inicialmente serão Mariupol e Volnovakha, ambas no leste ucraniano.
No entanto, logo em seguida chegou a informação de que a retirada dos habitantes de Mariupol, porto estratégico ucraniano cercado pelas forças russas, foi adiada devido a múltiplas violações russas do cessar-fogo, segundo acusou a prefeitura da cidade neste sábado.
A retirada de civis, que deveria começar antes do meio-dia (horário local), “foi adiada por razões de segurança” porque as forças russas “continuam bombardeando Mariupol e seus arredores”, afirmou a prefeitura no aplicativo Telegram.
Segundo a RIA, agência russa de notícias, civis poderiam deixar Mariupol e suprimentos e medicamentos poderiam chegar à cidade durante esse período de cinco horas.
A Rússia deixou claro que a redução na ofensiva não vale para todo o território ucraniano. O prefeito de Mariupol disse que um cessar-fogo permitiria que o trabalho seja feito para restaurar a infraestrutura destruída pelos bombardeios e acusou a Rússia de não respeitar a trégua ao longo de todo o corredor humanitário.
O controle de Mariupol tem caráter estratégico para a Rússia, porque permitiria garantir uma continuidade territorial entre suas forças procedentes da península da Crimeia e as unidades dos territórios separatistas pró-Moscou da região ucraniana de Donbass.