Neste domingo (6), era prevista a saída de pelo menos 215 mil pessoas dos distritos, que estão cercados por forças russas na Ucrânia. Contudo, pelo segundo dia consecutivo, um acordo de cessar-fogo para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha falhou.
Autoridades da Ucrânia e Rússia trocam acusações. Um militar do Regimento Azov da Guarda Nacional da Ucrânia alega que a Rússia e separatistas continuam a bombardear áreas que deveriam ser seguras. O primeiro acordo de cessar-fogo para a retirada de civis por corredores humanitários foi encerrado ontem pelo mesmo motivo.
Os corredores humanitários são áreas consideradas seguras, pelas quais civis poderão escapar. A expectativa do governo da Ucrânia era retirar 15 mil pessoas de Volnovakha e 200 mil pessoas em Mariupol, que é uma cidade de 450 mil habitantes.
Sem energia elétrica, alimentos, água, gás e transportes, a cidade de Mariupol é uma dos locais mais afetados pela ofensiva da Rússia. O controle da cidade permitiria uma continuidade territorial entre a península de Crimeia e as cidades separatistas Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.
A Rússia acusa nacionalistas ucranianos de impedirem a retirada de civis durante o cessar-fogo anunciado ontem e dizem que pessoas comuns estão sendo usadas como escudos humanos contra as tropas russas na região. A Ucrânia desmente e diz que, ao acusá-la de quebrar o acordo, a Rússia estaria tentando transferir a responsabilidade pelas vítimas civis atuais e futuras na cidade.