O Ministério de Minas e Energia emitiu alertou sobre o nível de rios no Maranhão. Segundo o comunicado, emitido na quinta-feira (17), mais rios correm o risco de transbordar nos próximos dias. O motivo são as fortes chuvas.
Segundo especialistas, esse é o período de chuvas mais intenso dos últimos vinte anos na região Sul do Maranhão. Da metade do mês de outubro até as primeiras duas semanas de março choveu mais que o dobro do previsto.
Dados da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) apontam que, o rio Itapecuru já entrou na cota de inundação em Codó, e em estado de alerta em Caxias. Na bacia do Itapecuru, o rio subiu, em Codó, de 4,7 metros às 23h de terça-feira (15), para 6,9 m às 15h45 de quarta (16), ultrapassando o nível de inundação de 6,8 m na região. Já em Caxias, o rio apresentava 4,84 m de altura na última terça (15), mas, ao longo da noite, o nível subiu e chegou aos 5 metros durante a madrugada de quarta.
Em Pedro do Rosário, a prefeitura decretou estado de calamidade pública, após as chuvas das últimas semanas. No município, o rio Pericumã transbordou e vários bairros estão alagados. Um trecho da MA-006, que dá acesso a outros municípios, está completamente alagado e isso impede o trânsito de moradores.
Em Balsas, a chuva no meio da tarde de ontem durou mais de uma hora e deixou muitas ruas alagadas e o trânsito ficou lento porque o rio Maravilha transbordou. A água chegou a poucos centímetros da ponte de madeira que dá acesso ao povoado Jenipapo. A enchente encobriu uma das cabeceiras da ponte e os moradores só conseguem atravessar de moto ou a pé.
Em outras regiões, como o bairro Nazaré, a ponte que leva ao centro de Balsas foi interditada depois que a força da chuva deixou a estrutura comprometida. Na zona rural, a colheita dos agricultores está comprometida porque o excesso de umidade do solo impede as máquinas de entrar nas lavouras. O transporte da safra também está prejudicado por causa das condições das estradas.
Os dados hidrológicos utilizados nos boletins são provenientes da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), de responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e demais parceiros.