Uma adolescente, de 17 anos, identificada como Jennifer Almeida da Silva, foi encontrada morta na cidade de Davinópolis, a 663 km de São Luís, nesta terça-feira (2). A jovem foi encontrada por populares, com sinais de violência pelo corpo.
Segundo a Polícia Civil, Jennifer era amiga de outras duas adolescentes, Amanda e Débora, que também foram encontradas mortas, na noite de segunda (1º), na beira do Riacho Cacau, no bairro São Domingos, na região de Davinópolis. As vítimas foram encontradas, aparentemente, abraçadas dentro do riacho. Elas tinham perfurações causadas por arma branca nas regiões do abdômen, pescoço e braços.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva, primeiramente, as jovens Amanda e Débora sumiram, na última quinta-feira (28), e foram encontradas mortas quatro dias depois do desaparecimento.
A terceira vítima, que teria saído em buscas das amigas, foi encontrada morta nesta terça, na mesma região em que os corpos das amigas dela estavam, Jennifer Almeida foi encontrada a cerca de 800 metros do local onde estavam os corpos de Amanda e Débora. As três vítimas eram moradoras da cidade de Imperatriz, na região Tocantina.
O delegado diz que a polícia já tem uma linha de investigação definida e possíveis suspeitos. “Estamos todos mobilizados nessa investigação e nós temos já um norte, um direcionamento dessa investigação, a causa e prováveis suspeitos também. Mas depende de mais elementos informativos, para que a gente possa tentar alguma medida cautelar junto ao poder judiciário”, explicou o delegado-geral.
A polícia suspeita que o triplo homicídio tenha relação com facções criminosas. “Apesar de serem adolescentes, mas, de alguma forma, têm alguma ligação. Isso ainda está sendo aprofundado, para saber qual seria o relacionamento delas com a facção. E elas teriam sido mortas por uma facção contrária. É a primeira linha investigativa que está surgindo, pode ser que haja uma mudança ou outros elementos informativos, mas o que nós temos, a princípio, é que é decorrente disso, da rivalidade entre duas facções que atuam na região”, analisa o delegado Jair Paiva.
O delegado explica, também, que a Polícia Civil ainda não tem informações se as vítimas participavam ativamente da organização criminosa ou se tinham algum vínculo de amizade, algum relacionamento com algum faccionado, ou se teria outro motivo.
“Às vezes acontece desse pessoal mais novo se expor em rede social, até fazendo símbolos das facções sem ser nem integrante e isso a facção rival vê e toma as suas medidas criminosas”, destaca o delegado-geral.