A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (11), uma redução de 4% nos preços do diesel nas refinarias. A redução passa a valer partir de sexta-feira (12). O valor médio passará de 5,41 reais para 5,19 reais o litro, à medida que os preços internacionais do petróleo cederam diante de preocupações com a recessão global.
É segunda redução nos preços do combustível pela Petrobras este ano. A primeira, de 3,56%, entrou em vigor na sexta-feira passada, mas as cotações ainda estão em patamares elevados –em janeiro, a petroleira vendia o diesel a 3,61 reais/litro.
A medida foi acertada, alinhada com o movimento internacional de queda, e que ainda há espaço para novas reduções sem gerar riscos para o abastecimento interno, já que o país é grande importador.
‘Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio’, disse a companhia em nota.
O preço médio do combustível no Brasil chegou a ficar 76 centavos de real, ou 17%, mais caro do que no exterior, na última terça-feira. O relatório desta quinta-feira aponta para uma diferença positiva de 60 centavos, ou 13%, segundo dados Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).
A redução de 22 centavos pela Petrobras, portanto, ainda ficou abaixo da diferença observada nos últimos dias, o que é importante para garantir o abastecimento do país.
O Brasil importa cerca de 30% do diesel que consome. O preço mais alto no mercado interno tende a manter o interesse dos importadores de trazer o produto para o país.
‘O mercado de diesel ainda está muito volátil por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia e possível corte de gás para Europa. Novos movimentos podem acontecer, mas nesse momento a Petrobras tinha uma defasagem de 23% e tinha espaço para reduzir’, disse o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Pedro Rodrigues.