O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) e da Escola de Saúde Pública do Maranhão (ESP-MA), realizou, nesta quarta-feira (1º), no auditório do Palácio Henrique de La Roque, a aula inaugural das novas turmas dos Programas de Residência Médica e Multiprofissional.
Representando o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, o superintendente de Vigilância Sanitária, Edmilson Diniz, afirmou que as residências trazem mais qualidade para o SUS. “São qualificações que potencializam a humanização do cuidado com o paciente que procura as unidades para ter as suas necessidades atendidas. Essa é a tônica que o Governo do Maranhão vem adotando para ampliar os serviços ofertados, e entregar uma estrutura com profissionais cada vez mais capacitados”, destacou.
O programa de Residência Médica foi criado em 2010 e o de Residência Multiprofissional, em 2018. Em 13 anos, 321 profissionais de diversas áreas da saúde foram capacitados no Maranhão.
Para 2023, foram oferecidas 73 vagas nos Programas de Residência da Rede Estadual, sendo 41 na área Multiprofissional, em oito áreas de atuação e 44 na área Médica, em 11 especialidades. Ao todo, 68 novos alunos estão ingressando para o período que se iniciará em 2023 e término em 2026.
Presente na solenidade, a diretora administrativa da ESP-MA, Ana Lúcia Nunes, destacou que o programa resulta em melhorias da assistência ofertada aos usuários. “As Residências Médica e Multiprofissional se configuram como um processo de qualificação dos trabalhadores, que visam desenvolver habilidades e competências, orientadas pelas diretrizes e princípios do SUS”.
De acordo com a coordenadora da Residência Médica do Estado, Vera Costa, o objetivo é fomentar atividades integradoras. “Vivemos um mundo onde a preocupação está nas metas e índices a serem alcançados, enquanto a qualidade do atendimento é deixada de lado. Por isso, é importante que todos possam se doar e deem o seu máximo”.
Os novos residentes ficarão lotados em hospitais da rede estadual das cidades de São Luís (Hospital Carlos Macieira, Hospital Aquiles Lisboa, Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, Hospital de Câncer do Maranhão, Maternidade Benedito Leite, Hospital Nina Rodrigues e Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos) e Imperatriz (Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto e Maternidade de Alto Risco).
Em Caxias, a lotação será em unidades da rede municipal e estadual, tais como Hospital Carlos Macieira, Hospital Regional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Maternidade Carmosina Coutinho, além de Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Bruce Otsuka, de 28 anos, é maranhense e completou o programa de Residência Médica na especialidade de Cirurgia Geral no HCM e, segundo ele, nenhuma estrutura assistencial foi negada durante o seu período de formação. “Foi uma experiência muito boa, saio com uma bagagem excelente e sem medo de nenhum tipo de situação, tudo graças à capacitação que recebi”, disse.
Natural do estado do Pará, Lara Siems, de 25 anos, foi um dos formados em medicina aprovados para residência em Dermatologia no HCM, referência de Alta Complexidade no Maranhão. “Sempre foi um sonho cursar esta residência. Foi um processo bastante desafiador e que exigiu de mim muita disciplina e resiliência”.
Para Rafael Silva, de 26 anos, aprovado para a residência em Psiquiatria no Hospital Nina Rodrigues, destacou a importância do programa. “Eu escolhi essa área pelo aumento da demanda nestes últimos anos devido a pandemia”, comentou.
Também participaram da mesa de abertura da aula inaugural o diretor clínico do Hospital de Câncer do Maranhão, Leoberth Araújo; a diretora clínica do Hospital Juvêncio Mattos, Léa Braga; a vice-presidente da Residência Multiprofissional do Estado, Rosângela Sousa; e representando o presidente da EMSERH, Marcelo Duailibe, a gerente de Ensino e Certificação da EMSERH, Fernanda Lima.