A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), a Operação Ressurreição proveniente de um inquérito policial iniciado por meio da força-tarefa previdenciária do estado do Maranhão, em março de 2020. A investigação levou à identificação de um esquema criminoso especializado na prática de fraudes contra a Previdência Social, notadamente, na percepção de benefícios previdenciários pós-morte. A partir da compra ou furto, dos documentos de beneficiários falecidos, os benefícios continuavam ativos, indefinidamente.
No total, 11 policiais federais cumpriram dois mandados judiciais de busca e apreensão na cidade de Presidente Médici, no interior do Maranhão. Entre as medidas cautelares deferidas, constam, ainda, a autorização para o afastamento do sigilo bancário e fiscal do principal investigado.
De acordo com os cálculos efetuados pela Coordenação de Inteligência Previdenciária (COINP), em apenas seis benefícios identificados, o prejuízo inicialmente apontado é de R$ 287 mil, entretanto, há previsão desse valor ser muito maior após a análise dos materiais recolhidos.
Ao todo, foram apreendidos joias, uma arma não registrada, uma moto e um carro de luxo, além de vários cartões de pagamento de benefícios em nome de terceiros, comprovantes de saques e empréstimos consignados em conta de benefícios previdenciários em nome de terceiros.
Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e lavagem de dinheiro (artigos 171, §3º, art. 288, ambos do Código Penal e art. 1º da Lei nº 9.613/98), cujas penas de reclusão variam de 1 ano e 4 meses a 20 anos.
Operação Ressurreição
O nome da Operação é uma referência ao modus operandi do esquema criminoso investigado, uma vez que os benefícios eram reativados após o falecimento do segurado titular.
Confira imagens da Operação Ressurreição: