De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de 36 mil novos casos de hanseníase foram registrados na última década no Maranhão.
O Ministério da Saúde, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), identificou no estado a ocorrência de casos graves da doença entre 2010 e 2019.
Segundo a instituição, das 36 mil pessoas no estado que têm a doença, cerca de 30% já chegam aos consultórios com alguma deformidade no corpo ou falta de sensibilidade.
Para a assessora do departamento de hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Araci Pontes, o Maranhão sempre apresentou um número elevado de casos da doença.
Segundo ela, isso se deve, em parte, aos movimentos migratórios no estado, fazendo com que surgissem povoados e cidades com uma população que se instala de forma desordenada. Essa desordem causaria as aglomerações com baixa opção de saneamento e de estrutura de atenção à saúde.
A hanseníase tem como sintomas manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. A doença ainda provoca alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração.