A Maternidade Benedito Leite, unidade vinculada à rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), dispõe do Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo. O serviço oferece orientação sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos como o DIU (Dispositivo Intrauterino), toda sexta-feira, às 9h e às 10h30.
Durante as rodas de conversa, as equipes da unidade dialogam com mulheres em idade fértil sobre os métodos anticoncepcionais e inserção de dispositivo intrauterino (DIU). Após a conversa, as usuárias que desejam fazer uso de algum método agendam um horário ao longo da semana para o atendimento.
A roda é um momento para obter esclarecimentos sobre os benefícios dos métodos. No fluxo, as pacientes precisam participar desse momento de diálogo prévio e, ao final, já fazem o agendamento na semana seguinte, com horários disponíveis entre segunda e quinta-feira para o atendimento com o médico.
A enfermeira do Centro Sentinela de Planejamento Reprodutivo da Maternidade Benedito Leite, Jéssica Paloma Moreira, explicou que o perfil de atendimento não tem uma idade definida. “É a partir do momento que a mulher está em período fértil e com atividade sexual. Mulheres acima dos 40 anos também podem fazer uso antes da menopausa”, disse. E acrescentou: “É um procedimento muito eficiente e baixa contraindicação, a mulher não espera um longo prazo e na semana seguinte já pode sair com o DIU implantado”.
O DIU tem validade de 12 anos. Antes da inserção, a paciente faz um exame de ultrassom e segue em acompanhamento por 15 dias, depois em 6 meses, e depois anualmente para verificar se o método tem eficácia. O procedimento tem garantia de sigilo e apenas as mulheres menores de 18 anos precisam ir acompanhadas dos pais ou responsáveis.
A universitária Dayara Evangelista Dutra, de 23 anos, aproveitou a roda para tirar dúvidas e agenda a inserção. “Uma prima fez atendimento aqui e gostou bastante. Aqui fui orientada que o DIU não é o único método de prevenção e que é importante continuar com o uso de preservativo devido o risco de infecção por ISTs”, falou.
Outra paciente, a dona de casa Cleyane Barros de Carvalho Brito, de 24 anos, já fez uso do DIU e decidiu retornar novamente com o procedimento após a terceira gestação. “Meu marido vai fazer vasectomia, mas recebemos também a indicação de fazer uso do DIU até o procedimento dele estar completamente sem risco de novamente eu engravidar”, comentou.
A enfermeira Jéssica Paloma ressaltou a importância do serviço como um direito reprodutivo da mulher. “Ela tem total autonomia. A mulher é dona do próprio corpo sem precisar de assinatura ou autorização, apenas das pacientes menor de idade”, finalizou.