O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) pediu, nesta quarta-feira (24), a prisão preventiva de Leonidas Cunha Ribeiro, que é apontado como um dos participantes no latrocínio do motorista de ônibus Francisco Vale Silva, de 48 anos, morto a tiros na noite de segunda-feira (22), em São Luís.
O MP-MA destacou que Leonidas foi reconhecido por uma vítima, como sendo um dos assaltantes que estava dentro do ônibus na hora do crime.
Leonidas havia sido preso em flagrante nessa terça (23), suspeito de ter ajudado dois adolescentes, apontados como executores do assassinato, e que foram apreendidos.
Apesar de Leonidas ter confessado, em depoimento, ter participado do crime dando fuga aos adolescentes, a Juíza Criminal Plantonista, Maria da Conceição Privado Rêgo, atendendo a um pedido da Defensoria Pública do Maranhão, reconheceu a ilegalidade da prisão e relaxou o flagrante, concedendo liberdade ao suspeito por ‘vício formal’.
No entanto, o MP-MA, por meio da 2ª Promotor de Justiça de Investigação Criminal da Capital, afirmou que a juíza, “precipitadamente, reconheceu a ilegalidade da prisão”. Pois, a autoridade policial “respeitou os direitos do investigado, estando presentes os indícios suficiente de autoria e materialidade da infração penal”.
Na decisão judicial, Maria da Conceição declarou ‘não existirem registros criminais ou processos para apuração de ato infracional anteriores em desfavor’ de Leônidas e que ‘este não esteve na cena do crime e não há no momento qualquer indício de sua participação ou mentoria’.
Porém, o MP-MA, no pedido de prisão preventiva, apontou que uma das vítimas do assalto reconheceu Leonidas como sendo um dos autores que estavam dentro do ônibus.
“Ora, se essa vítima, que estava dentro do coletivo, o reconheceu pessoalmente (reconhecido nº 02) é porque certamente ele esteve na cena do delito ocorrida dentro do ônibus, já que esta vítima não foi dentro do mato, aonde ele diz que estava escondido aguardando os menores para facilitar a fuga. Assim, considerando que as investigações se encontram em fase incipiente, a soltura do autuado é prematura e temerária, considerando a repercussão que o caso tomou no meio social”, aponta o MP-MA no requerimento.
Ainda de acordo com o órgão, já ficou evidenciado nos autos a gravidade concreta dos crimes, onde os investigados, de forma premeditada e mediante grave ameaça exercida com o uso de arma de fogo, subtraíram os bens das vítimas que estavam dentro do ônibus coletivo e ceifaram a vida de Francisco Vale.
O MP-MA reforça que a prisão de Leonidas é necessária para garantir a ordem pública e a credibilidade das instituições, principalmente do Judiciário, já que se trata de um crime de grande comoção e repercussão social.