De acordo com estudos preliminares divulgados nesta terça -feira (02), a vacina Sputnik V que é desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a Covid-19, tem eficácia de 91,6% contra o coronavírus. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%. Os resultados foram publicados em uma das revistas científicas mais respeitadas do mundo, a “The Lancet”.
O imunizante russo teve 91,6% de eficácia em um estudo com cerca de 20 mil participantes. Desses, houve 16 contaminados que desenvolveram a Covid-19 com sintomas leves no grupo vacinado e 62, entre aqueles que tomaram placebo. Não houve casos graves ou moderados entre os vacinados, enquanto 20 foram registrados entre os que receberam uma solução inerte. O tempo da proteção
conferida ainda não foi analisado, mas os russos acreditam que ela possa ficar entre sete meses e dois anos.
A Sputnik V é a quarta vacina a ter resultados publicados em uma revista. Antes, já haviam sido avaliadas a Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.
Só foram analisados, assim como todas as vacinas até o momento os casos de pacientes com sintomas e dessa forma foi calculado a eficácia da vacina. Por isso, mais estudos são necessários para determinar a eficácia da vacina em impedir a transmissão da doença. Os imunizantes desenvolvidos contra a Covid 19 têm tido como função principal impedir casos graves e mortes pela doença – e não necessariamente a sua transmissão.
No Brasil, a Sputnik V ainda não vem sendo testada, porém a Anvisa está analisando um pedido para que os ensaios sejam feitos no país. Caso seja feito testes no Brasil, as vacinas podem receber autorização de uso emergencial.