Petrobras teve seu melhor desempenho operacional em 2020, com recordes de produção anual, com 2,28 milhões de barris diários (MMbpb) de petróleo e LGN (líquido de gás natural) e 2,84 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) de produção total, informou hoje (2) a estatal. Os recordes anteriores foram obtidos em 2015: 2,23 MMbpd e 2,79 MMboed, respectivamente.
O desempenho foi obtido durante a pandemia e em um ano em que houve contração da demanda global por combustíveis e preços baixos do petróleo no mercado internacional.
A dimensão qualitativa da produção, considerada elemento extremamente importante para a geração de valor, também aumentou. A produção dos campos do pré-sal no ano passado alcançou 1,86 MMboed, com participação de 66% na produção total, contra 24% em 2015. Segundo a Petrobras, isso significa menores custos operacionais e petróleo de melhor qualidade.
A produção média de óleo, LGN e gás natural realizada em 2020 está alinhada à meta de produção revisada e divulgada no Relatório de Produção e Vendas do terceiro trimestre (2,84 MMboed), superando em 5% a meta prevista originalmente de 2,7 MMboed.
No quarto trimestre do ano passado, a produção média de óleo, LGN e gás natural foi de 2,68 MMboed, ficando 9,1% abaixo do trimestre anterior, em função da retomada de grande parte das paradas programadas que não puderam ser efetuadas nos segundo e terceiro trimestres.
Na avaliação da Petrobras, alguns pontos foram fundamentais para o desempenho da empresa em 2020. Entre eles, a maior produção das plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77, no campo de Búzios, em função da ampliação da capacidade de processamento de óleo e gás das unidades, por meio da utilização de folgas temporárias de geração de energia e compressão de gás disponíveis, além do alto potencial de produção dos poços e do reservatório.
Destacam-se também o menor número de intervenções em relação ao previsto para combate à corrosão por CO2 nos dutos submarinos de injeção de gás, por meio do desenvolvimento de novas ferramentas e tecnologias de inspeção; o menor declínio de produção em relação ao previsto nos campos de Tupi e Sapinhoá, como resultado do melhor desempenho dos reservatórios; e a maior eficiência de produção e otimização de paradas de produção nas plataformas, apesar do cenário de restrições operacionais decorrente dos impactos provocados pela pandemia.
O foco na melhoria de gestão de estoques permitiu a redução de estoques da companhia em 8 milhões de barris de petróleo, em 2020. A Petrobras afirmou também que o foco na alocação eficiente de recursos, incluindo fechamento de escritórios fora do Brasil, resultou em recordes de exportação de petróleo e óleo combustível, o que compensou a contração da demanda doméstica por combustíveis, em especial no segundo trimestre de 2020.
As exportações de petróleo permitiram geração de caixa em um momento crítico, causado pela pandemia, além de evitar perdas de produção. No ápice da crise, em abril, foram exportados 1 milhão de barris por dia. De acordo com a Petrobras, o desempenho positivo do petróleo de Búzios, principal óleo da cesta de exportação, resultou na inclusão de 14 novos clientes ao longo de 2020. (Com informações da Agência Brasil)