A compra de seis mil testes rápidos, no valor de R$ 960 mil, é um dos focos da operação Estoque Zero, ação da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), realizada na manhã desta terça-feira (2), nas cidades de Teresina (PI) e Pinheiro (MA).
O objetivo da operação é desarticular grupo criminoso que promove fraudes em licitações e contratos municipais. Segundo a investigação, o grupo usava recursos públicos federais destinados ao combate à pandemia da Covid-19.
A investigação se concentra no Processo nº 2.653/2020, da Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento, do municipio de Pinheiro, no Maranhão. O processo trata da aquisição de seis mil testes rápidos para o diagnóstico do coronavírus, pelo valor total de R$ 960 mil.
A investigação da equipe policial revelou que funcionários da secretaria de Pinheiro, junto a empresários de Teresina, simularam a compra e venda de testes rápidos, por meio da contratação de empresa de fachada, que não forneceu o produto.
Como resultado da operação, a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, quatro mandados de constrição patrimonial e um de suspensão do exercício de função pública.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, peculato, lavagem de capitais e associação criminosa. Um total de 30 policiais federais estão envolvidos na operação contra a quadrilha.
A denominação Estoque Zero faz referência à inexistência da mercadoria objeto do contrato, tendo em vista que a empresa não possuía sequer uma única unidade de teste rápido em seu estoque na época da suposta venda.