O príncipe Philip teve atuação fundamental na condução das crises da família real, ao lado da rainha Elizabeth, mas tecnicamente sua morte não muda os papéis a serem exercidos daqui para frente. Confira os principais trecho da entrevista com Elena Woodacre, historiadora na Universidade de Winchester especializada em monarquias.
Philip foi o marido consorte mais longevo neste país. E essa longevidade dedicada aos serviços reais foi o que o tornou tão importante. Ele não tinha nenhuma obrigação constitucional como marido da rainha, mas dedicou a vida para serviços de caridade, compromissos públicos e apoio à rainha.
É claro a grande perda pessoal de um marido, pai, avô e bisavô. Como o príncipe Philip já havia se afastado dos deveres reais nos últimos anos, o impacto no funcionamento do dia-a-dia da família real será menor. No entanto, sua morte deixa outras cerca de 700 organizações das quais ele era patrono ou patrocinador sem alguém nesse papel importante.
Deve haver um impacto em como a família real lidará com as próximas crises uma vez que Philip sempre se envolvia profundamente como chefe da família ao lado da rainha e tinha um papel importante em conduzir a família pelas dificuldades. Não ter suas opiniões, pensamentos e ideias em como a família real deve seguir adiante e lidar com mudanças circunstanciais pode ter um impacto importante na família no futuro.
A morte do príncipe Philip não afeta de forma direta o título do príncipe Charles, claro, mas o torna o homem mais velho da família real agora e isso lhe trará mais responsabilidades. Ele também pode ter de assumir o papel de patrono ou patrocinador de algumas caridades e interesses do pai. Mas acredito que ele e outros integrantes da família já começaram a fazer isso quando o duque de Edimburgo se afastou dos deveres reais públicos nos últimos anos.