Um total de 85 inquéritos de casos envolvendo crianças e adolescentes foram concluídos e enviados à justiça pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), no primeiro trimestre deste ano. Ainda no período, a DPCA instaurou 41 inquéritos, realizou duas prisões em flagrante e 231 interrogatórios.
Destaque para a operação ‘Infância sem Medo’, promovida dia 5 de março, que teve como objetivo prender acusados de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O trabalho resultou em cinco prisões de suspeitos de estupro de vulnerável.
Com a pandemia, os números de violência sexual contra menores reduziram. A queda é atribuída ao fato de as vítimas não estarem mais sozinhas dentro de casa e passarem mais tempo acompanhadas de outros membros da família. Em 2020, os registros foram maiores, segundo o relatório da DPCA. Somaram 88 inquéritos instaurados na delegacia; 62 concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário; quatro prisões em flagrante; 177 interrogatórios; e 295 audiências.
O caso mais denunciado na delegacia é o estupro de vulnerável, a maioria das vítimas são menores de 14 anos e o agressor, pessoa conhecida – parente ou vizinho. Outro dado aponta que os abusos são cometidos mais de uma vez. Feito registro do caso, a criança ou adolescente vítima de violência é ouvida por profissionais – psicólogo e assistente social – do Centro de Perícia. A unidade compõe o complexo da DPCA, que abriga também a delegacia e o Ministério Púbico.
“Os profissionais estão aptos a acolher e identificar outros sinais emitidos pelas pessoas que foram vítimas de violência. A rede de atendimento trabalha no sentido de evitar a revitimização e recuperar a vítima”, explica a delegada da Criança e do Adolescentes , Kelly Kioca Haraguchi.
Entre os sinais que podem ser observados durante as sessões estão mudança de comportamento, automutilação, baixo rendimento escolar e outras situações que podem surgir do trauma vivido.
Denúncias são recebidas pelo Disque 100 e pelos telefones da delegacia: (98) 3214-8667 / 3214-8688. O Ministério Público e Conselhos Tutelares nos municípios também recebem denúncias.