O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi transferido, na manhã desta segunda-feira, 3, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, na capital, onde foi intubado após exames detectarem uma hemorragia na cárdia. Covas enfrenta, desde outubro de 2019, um câncer metastático que atinge órgãos do sistema digestivo e, no mês passado, chegou aos ossos.
O primeiro tumor havia sido detectado justamente na cárdia, válvula que fica próxima ao coração, entre o esôfago e o estômago. Ele foi extubado durante a tarde, mas segue em observação. Covas decidiu, no domingo, 2, se afastar da Prefeitura pelo período de um mês, para se dedicar ao tratamento. Foi internado em seguida, após em conversa com os médicos relatar fraqueza e dor. O vice-prefeito, Ricardo Nunes, já assumiu o cargo de forma interina.
Em função da nova complicação no quadro do prefeito não é possível prever quando o tucano deve deixar a UTI ou mesmo retomar o tratamento contra o câncer, que teve de ser postergado O prefeito tinha a internação programada para esta segunda para dar continuidade ao tratamento. O procedimento inclui uma combinação de quimioterapia e imunoterapia.
Diante dos efeitos adversos do processo, Covas decidiu se licenciar – em abril, ele ficou 12 dias internado no Sírio após descobrir uma evolução do câncer, que além de atingir ao menos cinco pontos do fígado, também se espalhou para ossos da bacia e da coluna. Um acúmulo de líquidos ao redor do pulmão e do abdômen, enfrentado com uso de um dreno, adiou sua alta, ocorrida apenas no dia 27.
O vice-prefeito, Ricardo Nunes, estava em reunião quando soube da internação na UTI. Neste primeiro dia como prefeito em exercício, não há previsão de agendas externas. A previsão é de mais reuniões ao longo do dia com o chamado “núcleo duro” do governo, do qual fazem parte os secretários Rubens Rizek, de Governo, Alexandre Modonezi, das Subprefeituras e Ricardo Trípoli, da Casa Civil.