Em São Luís, segundo a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, de janeiro até o dia 11 de outubro, foram contabilizados 92 casos de estupro de vulnerável, 13 registros de importunação sexual, 21 pedidos de prisões ao judiciário envolvendo o abuso de crianças e 688 investigações foram instauradas pela polícia para apurar violência contra crianças e adolescentes.
Neste cenário, enquanto algumas crianças se divertem, milhares de outras são vítimas de violência que acontece de várias formas, seja ela sexual, psicológica e de diferentes maneiras. Além disso, dentro das próprias casas esse crime tem acontecido com frequência e, também, vem ocorrendo com mais frequência, o crime virtual.
Segundo relatório covid-19 e desenvolvimento sustentável, divulgado pela ONU em setembro, crianças e adolescentes são as principais vítimas da pandemia. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, em 2019, por exemplo, cerca de 14,6% dos adolescentes, alguma vez na vida e contra a sua vontade foram tocados, manipulados, beijados ou passaram por situações de exposição de partes do corpo. No caso das meninas, o percentual é mais que o dobro em relação aos meninos.
Além disso, mais de 6% dos estudantes, informaram que foram obrigados a manter relação sexual contra a vontade alguma vez na vida, sendo 3,6% dos meninos e 8,8% das meninas.