O prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio, foi afastado do cargo. Ele é um dos alvos da operação Irmandade, da Polícia Federal, deflagrada em três municípios do Maranhão. A confirmação veio do delegado federal, Roberto Costa, durante entrevista à imprensa, onde falou dos resultados da operação.
O pedido de afastamento foi feito pela Polícia Federal, com o aval da Procuradoria Geral da República e atendido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O afastamento já foi comunicado ao gestor e ao presidente da Câmara de Pinheiro. O afastamento do prefeito Luciano Genésio é por tempo indeterminado.
Segundo as investigações da PF, as empresas que estavam oferecendo serviços a Prefeitura de Pinheiro seriam ligadas a Luciano Genésio e alguns de seus familiares, principalmente o seu irmão, Lúcio André Genésio. O delegado descartou, neste momento, pedidos de prisão.
Com o afastamento de Luciano Genésio, a vice-prefeita Ana Paula Lobato é quem passa a responder pela gestão do município. Ana Paula é esposa do atual presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto.
De acordo com a PF, a investigação tem como foco os Pregões 030/2018 e 016/2020, que custaram cerca de R$ 38 milhões aos cofres públicos, e deram origem a contratos firmados com as empresas investigadas.
Posicionamento
Em nota, o prefeito Luciano Genésio se posicionou sobre a operação. “Na condição de homem responsável e obediente as leis, venho manifestar a minha posição, diante dos fatos ocorridos na manhã de hoje, 12, referente à operação da Polícia Federal, que já é de conhecimento público. Com serenidade e humildade enfrentaremos este momento, apresentando a nossa defesa e estando sempre à disposição das autoridades. Enquanto prefeito, eleito majoritariamente pela vontade popular, continuarei fiel às minhas obrigações e aos pinheirenses e espero seguir trabalhando pelo melhor para o município de Pinheiro”, disse.