No dia 17 de janeiro de 2021, a enfermeira Mônica Calazans tomava a primeira dose da Coronavac, em ato simbólico, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, zona oeste de São Paulo. Ela foi a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Um ano depois, a imunização já tem seus efeitos positivos no combate ao coronavírus, reduzindo o número de vítimas da doença.
O primeiro ano da vacinação fez uma grande diferença para que o país pudesse ter esperança de atravessar a crise sanitária, mesmo tendo sido após um atraso, provocado pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Esta negligência se repete com a imunização de crianças, que só se iniciou no final de semana.
O fator positivo é que quase 70% das pessoas que tomaram a vacina e estão protegidas, mesmo contraindo novamente a doença, têm sintomas leves e conseguem se recuperar em isolamento domiciliar, não lotando hospitais. O lado negativo é que, os 30% não tomaram as doses – primeira ou a segunda – têm sofrido com as formas mais graves da Covid-19.
No canário de aumento de casos da doença, a maioria das vítimas são os que recusaram a imunização. Estes são a maior parte dos internados, como mostram várias pesquisas. Interessante que, a maioria dos que se negam a vacinar contra a Covid-19, tomaram tantos outros imunizantes ao longo da vida.