Quem mora no bairro Araçagi denuncia ter que conviver com assaltos constantes e atribui o grande número de casos à falta de estrutura das ruas. Em alguns pontos, o mato toma conta. Ruas estão esburacadas sem asfalto e iluminação.
Os assaltos regulares obrigam moradores a se protegerem e cada um faz o que pode. Em um caso, uma mulher foi alertada pelos seu cachorros e conseguiu escapar de um assalto. Em outra situação, um policial federal saía de casa e, ao tirar o veículo da garagem, foi abordado por suspeitos que fizeram ele e a família reféns.
Por conta destas situações, moradores cobram segurança com policiamento regular na área, manutenção das vias públicas e fiscalização de terrenos abandonados, de festas e espaços de eventos não autorizados.
O impasse na cobrança desses direitos é a indefinição do território. O Araçagi está dividido entre os quatro municípios da Grande Ilha – se estende por São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e também, Raposa. Ao cobrarem seus direitos, recorrendo às quatro prefeituras, os moradores não conseguem encontrar a autoridade competente para assumir os problemas e solucioná-los.
Segundo a Polícia Militar, o bairro tem cobertura de duas viaturas, além de policiamento em motocicletas, que diariamente executam a segurança preventiva.
A prefeitura de São José de Ribamar justificou que todas as ruas do bairro, inseridas na competência do município, estão incluídas em programas de infraestrutura e há vias com serviços de pavimentação asfáltica em andamento.
A prefeitura de São Luís garantiu que enviará equipe da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) ao local para levantamento das necessidades de infraestrutura, que sejam de sua responsabilidade. As prefeituras de Raposa e Paço do Lumiar não se manifestaram sobre as reclamações.