No terceiro dia da invasão da Rússia à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, tenta fechar o cerco a Kiev, capital ucraniana, com novos ataques nos arredores da cidade. Houve registros de tiros nas regiões próximas à sede do governo ucraniano durante a madrugada e, disparos voltaram a ser ouvidos neste sábado (26).
O Serviço de Inteligência do Reino Unido informou, hoje, que as tropas da Rússia estão a cerca de 30 quilômetros do centro de Kiev. Mas, em pronunciamento, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky disse que as forças de segurança da Ucrânia ainda controlam a capital. Segundo ele, os militares ucranianos estão resistindo às ofensivas russas “com sucesso” e “vão vencer” a guerra.
O prefeito de Kiev, Vitaliy Klychko, ampliou o toque de recolher noturno na cidade para o período das 18h às 7h. Antes, o horário era das 22h às 7h. “Todos os civis que estiverem na rua durante o toque de recolher serão considerados membros dos grupos de sabotagem e reconhecimento do inimigo”, escreveu o prefeito na rede social.
O exército ucraniano informou que eles conseguiram conter o ataque dos russos a uma de suas posições na avenida da Vitória, um dos principais corredores de Kiev. “O ataque foi repelido”, afirmaram os militares, sem dar mais detalhes sobre o local exato dos combates.
Pouco antes dos ataques começarem, o presidente Zelensky, alertou que a noite seria difícil, pois a Rússia tentaria invadir Kiev. Durante toda a madrugada foram ouvidos explosões e tiroteios em diferentes pontos da capital. Também houve registros de carros incendiados.
Além da capital da Ucrânia, as cidades de Sumy, Poltava e Mariupol também são alvos dos russos. Conforme o assessor da presidência, Mykhailo Podolyak, há “uma disputa pesada acontecendo próximo a Mariupol, mas não há chances de a cidade se render ou ser tomada”.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde da Ucrânia, 198 pessoas já foram mortas desde o início da ofensiva russa, entre elas três crianças. Já os feridos são 1.115, mas o comunicado não é claro se se trata apenas de civis ou também de militares.