O Tribunal do Júri da Comarca de Alcântara condenou, nessa quarta-feira (8), o réu Clayton Mendes Pinheiro a 33 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 256 dias-multa, pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver.
Consta nos autos que, na madrugada do dia 20 de novembro de 2017, Clayton Pinheiro matou a própria mulher e ainda ocultou o cadáver dela. O crime aconteceu na cidade de Alcântara, no norte do Maranhão.
Narra o processo, que a vítima teria desaparecido sem dar explicações e sem se despedir da família, após ter passado a tarde e noite anterior na companhia do marido, sendo que depois desse episódio não foi mais vista.
Após as investigações da Polícia Civil do Maranhão, apurou-se que o acusado matou a esposa, queimou as suas roupas e usou o telefone celular dela para mandar mensagens para o filho do casal e para o patrão dela, com a intenção de fazê-los acreditar que ela teria ido embora da cidade na companhia de outro homem.
Durante o julgamento, o Ministério Público acusou o réu pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver da vítima. Já a defesa, desenvolveu a tese de absolvição do acusado por falta de materialidade do fato e inexistência de indícios suficientes de autoria ou participação do réu.
O julgamento, realizado no auditório do IFMA de Alcântara, durou cerca de 12h e foi presidido pelo magistrado Rodrigo Terças, titular da comarca, que, após a decisão do Tribunal do Júri em condenar o réu, determinou o cumprimento da pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Prisão em flagrante
Durante o julgamento, o juiz Rodrigo Terças, presidente do Júri, autuou em flagrante delito um homem por crime de falso testemunho prestado ao Plenário do Tribunal do Júri. O homem foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Alcântara, para registro do Auto de Prisão em Flagrante e das formalidades legais.