Os trabalhadores que realizam a coleta de lixo em São Luís estão com as atividades paralisadas desde as 19h dessa quinta-feira (6). Segundo a categoria, eles estão fazendo uma paralisação de advertência de 24h, sendo que eles só retomarão as atividades às 19h desta sexta (7). Os trabalhadores cruzaram os braços por causa da falta de pagamento de uma diferença do reajuste de três meses de salário.
“Em 2019, a gente não teve reajuste salarial, em 2020 a gente teve um pequeno reajuste irrisório, só para calar a boca do povo. E ficou três meses de rajuste para receber. O salário foi reajustado, mas não deram o retroativo de três meses. A empresa fica dizendo que não tem dinheiro, que não está pegando a parte de prefeitura”, afirmou o presidente do Sindicato de Asseio e Conservação de São Luís (SEEAC-SLZ), Maxwell Bezerra.
Ainda acordo com o presidente do SEEAC-SLZ, os trabalhadores já negociaram três vezes em 2021 com a empresa São Luís Ambiental, mas os acordos não foram cumpridos.
“Já negociamos três vezes e todas as três vezes eles ‘furam’ com o acordo que eles fazem com a gente. E hoje a gente vai dar um basta, ou paga ou a gente não roda. A gente está fazendo hoje 24 horas de paralisação só de advertência. E segunda-feira (10) a gente entra com um processo de greve para parar na quarta-feira. Eles têm até segunda-feira, meio dia, para dar uma posição pra gente. Se eles não vierem com uma posição concreta e escrita, pra gente mostrar para o trabalhador, a gente vai parar a empresa por tempo indeterminado”, declarou Maxwell Bezerra.
Ao todo, 1.100 garis trabalham na coleta de lixo na capital maranhense, e, segundo o SEEAC-SLZ, o valor retroativo a ser recebido por cada trabalhador é em torno de R$ 300. Ainda de acordo com o sindicato, a São Luís Ambiental alega aos trabalhadores que não recebeu da Prefeitura de São Luís o valor retroativo a ser pago aos agentes de limpeza.
Por meio de nota, a Prefeitura de São Luís afirmou apenas que “não foi comunicada de nenhuma paralisação no serviço de coleta de lixo nem de rodoviários”, e não mencionou a questão do repasse de pagamento aos trabalhadores.