Os professores da rede municipal decidiram pela manutenção da greve, durante mais uma assembleia, realizada no fim da tarde de quarta-feira (27), na Praça Nauro Machado, Centro Histórico. O movimento é conduzido pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação). A paralisação da categoria teve início dia 18 de abril.
Os professores esperam reajuste salarial que obedeça o piso estipulado pelo Governo Federal, de 33,24%. A prefeitura ofereceu 10,6%, que não foi aceito pela classe. A pedido de ação da gestão municipal, a justiça decretou ilegalidade da greve. O Sindeducação pontuou que é possível discutir um reajuste a partir de 14,57% – o que seria o percentual proposto pelo prefeito Eduardo Braide, somado a 4,51% (relativo às perdas inflacionárias do ano de 2020).
“Apesar de toda essa política de pressão e assédio, a categoria não se intimidou, demonstrando que ainda existe muita disposição para os próximos dias e que não vai abrir mão de defender o futuro da carreira do magistério. É importante, perceber que, neste momento crucial de defesa da educação pública, os professores estão fortalecendo uns aos outros”, pontuou o Sindeducação, em comunicado no site da instituição.
Reunião
A assembleia tratou sobre o corte de ponto, que segundo o Sindeducação, é “uma das tentativas da Prefeitura de São Luís para enfraquecer o nosso movimento paredista”. A entidade sindical, por meio de sua assessoria jurídica, disse que está tomando as providências cabíveis para este caso. Ainda segundo o órgão, as faltas serão negociadas e retiradas mediante a compensação, conforme decisão já consolidada no Superior Tribunal Federal (STF).
A próxima assembleia da categoria será dia 2 de maio, em local e horário a confirmar.