O cantor maranhense Ronaldo Fonseca Quadro, de 46 anos, conhecido como “Maranhão dos Teclados”, foi executado com 12 tiros, na noite do último sábado
(15), no bairro Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus. A vítima se preparava para fazer um show em um bar, localizado na avenida Mulateiro, quando foi surpreendida pelo executor.
Natural de Bela Vista do Maranhão, cidade distante 246 km de São Luís, o cantor estava organizando os instrumentos para iniciar a apresentação quando o autor dos disparos chegou no estabelecimento, encapuzado e usando luvas. Ronaldo estava abaixado desenrolando fios do teclado, e não teve tempo de reação ao começar a ser alvejado pelos tiros.
De acordo com a equipe da Polícia Militar do Amazonas, o suspeito estava em um veículo que foi visto rondando o estabelecimento por, pelo menos, três vezes. Após cometer o homicídio, o criminoso fugiu no carro, que não teve as características divulgadas.
A perícia constatou 12 tiros no corpo da vítima, sendo oito na região da cabeça e quatro no tórax. Vários cartuchos de munição 9 milímetros foram recolhidos na cena do crime. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte do cantor.
Ainda de acordo com a polícia, “Maranhão dos Teclados” não tinha antecedentes criminais. Para familiares e amigos da vítima, o assassinato do músico ainda é cercado de mistérios. Ele era conhecido por ser brincalhão e por não se envolver em brigas.
“Estamos todos procurando respostas, o celular dele está com a polícia. Um dia antes, na sexta-feira, ele havia feito uma apresentação no mesmo bar. Não temos conhecimento de nenhuma desavença ou possível rivalidade que ele tinha”, contou um familiar.
Ronaldo vivia no Amazonas há 26 anos, e costumava publicar nas redes sociais a rotina no trabalho como operador de máquinas, e também anunciava os shows que estavam marcados na agenda.
Dois dias antes do crime, ele convidou os seguidores para acompanhar a apresentação no bar em que ele foi assassinado.
A vítima deixou uma esposa e cinco filhas de outros relacionamentos. O caso é investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).