Depois de um ano e meio da implementação do Ciclo Saúde Indígena, representantes do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Maranhão, Fundação Vale, Vale e lideranças indígenas se reuniram na manhã de 15 de março para apresentação e discussão dos resultados do projeto, avaliação da parceria com elaboração de recomendações conjuntas e o lançamento das publicações produzidas. A iniciativa da Fundação Vale, em parceria com o Cedaps (Centro de Promoção da Saúde), buscou contribuir para o fortalecimento da Atenção Básica à Saúde Indígena junto a dois Polos Base situados nos municípios maranhenses Santa Inês e Zé Doca.
Ciclo Saúde Indígena qualificou 56 profissionais de seis equipes multidisciplinares
O projeto qualificou seis equipes multidisciplinares de Saúde Indígena, totalizando 56 profissionais, que participaram de uma trilha formativa formada por Oficinas Básicas e Oficinas Temáticas, dando visibilidade aos saberes construídos pelos profissionais a partir de sua atuação junto às comunidades indígenas. As Oficinas Básicas trabalharam trajetórias e práticas dos profissionais da APSI (Atenção Primária de Saúde Indígena) : diálogo intercultural, troca de experiências e construção participativa das oficinas. Já as Oficinas Temáticas abordaram temas como saúde da mulher, saúde mental indígena, segurança alimentar e mapa falante.
Também foram doados 283 equipamentos e mobiliários para oito Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), entre eles tablets para apoiar o trabalho de 20 Agentes Indígenas de Saúde para geoplanejamento e uso estratégico de dados sobre a realidade local. Também foram entregues cadeiras odontológicas, macas ginecológicas entre outros equipamentos.
“O DSEI Maranhão está muito feliz pelo projeto, pois veio fortalecer a atuação dos profissionais dos Polos de Santa Inês e Zé Doca. com certeza vai gerar impacto nos indicadores de saúde, especialmente na qualidade da assistência que os usuários irão receber”, afirma Adriana Santos Braga – Chefe Substituta do Distrito Sanitário Especial do Maranhão.
Entre as iniciativas do projeto, houve ainda a criação de um Grupo de Trabalho (GT) Ciclo Saúde Indígena, reunindo representantes do Cedaps, da Fundação Vale e do DSEI Maranhão, que participaram cinco reuniões como parte de um processo de construção coletiva.
“Acreditamos que com profissionais mais qualificados e melhores condições técnicas e de equipagem, estamos contribuindo para fortalecer as iniciativas de prevenção de doenças e autocuidado, atuando de forma estruturante, considerando o diálogo intercultural na promoção e educação da saúde indígena e de acordo com as necessidades de cada comunidade” – comenta Marcus Finco, Gerente da Fundação Vale.
Produções do projeto
O conhecimento produzido pelo Ciclo Saúde Indígena derivou em três publicações, duas documentando parte da trilha formativa com as Oficinas Básicas e Temáticas. São elas: Caderno Promoção da Saúde Indígena: perspectivas interculturais para o bem-viver (material introdutório); Trajetórias e Práticas dos Profissionais da Atenção Primária à Saúde Indígena dos Polos de Santa Inês e Zé Doca (produto das Oficinas Básicas); e Temas em Saúde Indígena – Polos Base de Zé Doca e de Santa Inês – DSEI Maranhão (produto das Oficinas Temáticas).
Sobre o Projeto Ciclo Saúde Indígena
O Ciclo Saúde Indígena foi iniciado em 2021 a partir da experiência exitosa do Programa Ciclo Saúde, que, desde 2014, já atuou em mais de 40 municípios de seis estados brasileiros.
Sobre a Fundação Vale
Criada há 53 anos, a Fundação Vale busca contribuir com o desenvolvimento social nos territórios onde a Vale atua, por meio do fortalecimento de políticas públicas e da atuação conjunta com instituições parceiras, somando esforços para transformar a realidade dos públicos atendidos pelos programas.
