Os homens detidos com quase 500 mil reais, em São Luís, na última semana, vieram do país Camarões, passaram pelo estado de São Paulo e depois chegaram à capital maranhenses, onde se hospedaram em um hotel. A informação é do delegado Natan Vasconcelos, responsável pelas investigações. Os presos têm entre 30 e 40 anos,
“A gente teve um informe de inteligência de que dois estrangeiros, oriundos de Camarões, que estavam primeiro em São Paulo, estavam aqui em São Luís, possivelmente cooptando pessoas para compor uma quadrilha para difundir cédulas falsas aqui na cidade de São Luís. A gente recebeu um informe de que eles estariam hospedados em um hotel aqui da capital”, explicou o delegado.
Ainda segundo Natan Vasconcelos, com base nessas informações, a Polícia Federal manteve um serviço de vigilância para acompanhar os suspeitos. Os homens fizeram alguns trajetos, foram ao supermercado se alimentar e depois foram para o hotel, onde efetivamente estavam hospedados.
“Lá nesse hotel nós já tínhamos acesso ao quarto que eles estavam e nós fizemos a abordagem. Eles foram encontrados com essa mala, contendo quase meio milhão de reais em cédulas falsas de R$ 100”.
O delegado ressaltou que chamou atenção da polícia a grande quantidade de cédulas falsificadas, porque geralmente há apreensão de valores menores, entre R$ 1 mil e R$ 8 mil em notas falsas. Mas, nesse caso, foram quase meio milhão de reais distribuídos em 4.488 notas de R$ 100 falsificadas.
“É um valor muito grande, que denota que essa quadrilha é articulada, possivelmente está a serviço de pessoas maiores, de laboratórios que produzem uma quantidade maior de cédulas. Inclusive, eles estavam com mais de 12 mil papeletas do tamanho exato de cédulas e com produtos químicos, que possivelmente seria para produzir novas cédulas falsas”, detalhou o delgado da Polícia Federal.
Além da grande quantidade de notas falsas, a PF também destaca a qualidade da falsificação, que, segundo a polícia, era capaz de confundir o cidadão comum, principalmente se as notas estivessem misturadas entre cédulas verdadeiras.
“São cédulas muito parecidas, a gente usa o termo de que são células capazes de confundir o cidadão, o cidadão comum, o cidadão médio. Talvez um especialista, um bancário, alguém que lide com dinheiro diuturnamente não, mas é uma cédula que, no contexto de estar entre outras cédulas, ela pode sim facilmente passar”, explicou o delegado Natan Vasconcelos.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, os estrangeiros presos deverão responder ao processo criminal de acordo com as leis brasileiras e, se condenados, após cumprir a pena, eles serão expulsos do Brasil e devolvidos ao país de origem.