O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso em operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (22), suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A prisão é preventiva, ou seja, não tem prazo para ser revogada.
A polícia cumpre ainda, mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontados como lobistas que atuavam no MEC.
A investigação mapeou indícios de crimes na liberação de verbas do fundo com base em documentos, depoimentos e um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). São cumpridos, ao todo,13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Segundo a polícia, os pastores negociavam com prefeitos a liberação de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo. O FNDE, órgão ligado ao MEC, é controlado por políticos do centrão, bloco político que dá sustentação a Bolsonaro.
A operação chamada Acesso Pago investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do FNDE.