O novo partido oriundo da fusão entre o DEM e o PSL ainda não entrou em um consenso sobre o nome que apoiará nas eleições à presidência em 2022. As siglas têm uma convenção nesta quarta-feira (6), em Brasília, mas os últimos dias foram de fortes impasses internos. Lideranças locais disputam o comando de diretórios estaduais, o que empurra as conversas em relação ao candidato ao Palácio do Planalto para depois do encontro.
De certo, apenas que o partido seguirá por fora da aliança bolsonarista.
Uma vez constituído, o União Brasil, nome da nova sigla, deve se tornar a maior bancada do Congresso e abocanhar o maior volume de verbas dos fundos eleitoral e partidário. Ainda é aguardado, no entanto, um desmembramento de parlamentares aliados ao governo.
Espera-se que os políticos mais ligados a Bolsonaro deixem a sigla, sem perder o mandato. O prazo para isso seria de 30 dias e entre os nomes que devem desembarcar estão, além do filho do presidente, as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).
Um dos principais objetivos do novo partido será a consolidação de um dos três nomes para concorrer à terceira via da corrida presidencial de 2022. Entre eles, já é possível destacar a aparição: Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde; Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, e José Luiz Datena (PSL-SP).
Nos bastidores, no entanto, surge a possibilidade de apoio a outro nome, talvez na esperança de uma aliança para vice: Sérgio Moro. Na última semana, Mandetta e Moro se reuniram para conversar sobre os rumos da próxima corrida eleitoral. O ex-ministro da Justiça ainda analisa a possibilidade de concorrer ao Senado e se filiar ao Podemos. A decisão deve ser anunciada em novembro.
O vice-presidente do PSL, deputado Júnior Bozzella (SP), afirma que o novo partido surge com o objetivo de “equilibrar” a discussão política de extremos no país.
Congresso em Foco