Familiares estão revoltados com a falta de respostas da polícia em relação ao caso de um jovem de 20 anos que desapareceu e depois foi encontrado morto e com sinais de tortura, em São Luís.
Segundo a família, a vítima é Alison David Barbosa da Cruz, que tinha diagnóstico de autismo, retardo mental e fobia social. Na noite do dia 6 de setembro, ele tinha saído de casa com dois irmãos para a Expoema, antes de desaparecer, no bairro São Raimundo.
“Ele estava inquieto e decidimos levar ele pra Expoema, para brincar no parque. Na volta, fomos a uma pizzaria e comemos. Quando estávamos em uma rua, voltando pra casa, ele foi andando na frente. A gente sempre olhando ele. Porém, de repente, ele começou a acelerar os passos e dobrou em um canto. Depois disso, ele desapareceu. A gente foi procurar e não encontrou de jeito nenhum“, disse Adrielle Barbosa, irmã de Alison.
Após o desaparecimento, Alison foi procurado por todo o bairro do São Raimundo durante a noite, mas ele só foi encontrado na sexta-feira (8), em uma área de matagal, com vários ferimentos e sinais de tortura.
“Quando ele desapareceu, a gente começou a divulgar as fotos, ligamos por 190, fizemos o boletim de ocorrência, e nada. Eles [policiais] não vieram. De manhã, ficamos sabendo que tinha um corpo jogado perto de um muro. Quando chegamos, lá estava ele, todo machucado. Foram pauladas”, conta Adrielle.
Após o crime, a Polícia Civil começou a investigar o caso, mas ninguém foi preso até o momento. Os familiares de Alison estão revoltados, cobram respostas e uma agilidade na prisão dos criminosos.
“Era uma pessoa pessoa com deficiência mental que não fazia mal pra ninguém, só saía com a gente. A minha maior revolta é que ligamos para polícia. Mais de três pessoas ligaram e não tivemos resposta, até encontrar ele morto. A polícia só veio aparecer na sexta-feira”, desabafa a irmã de Alison.
Ao IbandMA, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) disse que a investigação sobre o caso está sendo conduzida pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e segue avançada, com a identificação de suspeitos. No entanto, disse que não dará detalhes para não prejudicar o andamento da investigação.