O Maranhão registrou um aumento de 440% nos casos de zika, dengue e chikungunya somente nos primeiros oito meses de 2022, é o que apontam dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). De janeiro a agosto deste ano, foram 4925 casos confirmados, somando todas as doenças, enquanto em 2021 foram registrados 841 casos.
Ao todo, em 2022, já ocorreram seis mortes por zika e chikungunya. O setor de epidemiologia e controle de doenças da SES alerta para os riscos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
“Apesar do baixo número de óbitos, ainda é uma doença que pode levar à morte. Os agentes de endemias, os agentes comunitários de saúde e as equipes da estratégia de saúde da família são profissionais que fazem esse acompanhamento e monitoramento dos casos. Então esses profissionais são orientados e capacitados para entrar no domicílio, orientar a família e informar sobre os cuidados que ela tem que ter”, ressalta Tayara Pereira, superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES.
As autoridades recomendam um esforço coletivo para combater a proliferação do Aedes aegypti, com medidas que evitem a disseminação de larvas do agente transmissor da dengue, como a manutenção de água parada nas residências e o descarte irregular de lixo.
“A prevenção da doença se dá principalmente através dessas medidas que já são amplamente conhecidas pela população, principalmente evitar o acúmulo de água parada para evitar a reprodução do mosquito. Do ponto de vista individual, a gente pode citar o uso de repelente e também a vacinação. A vacina encontra-se disponível e é indicada para indivíduos de nove a 45 anos que já tenham sido expostos anteriormente ao vírus da dengue”, explica a infectologista Carolina Cipriano.
Como medidas de prevenção e controle do mosquito, a SES recomenda as seguintes ações, que devem ser feitas por cada cidadão:
Manter limpos os recipientes/locais de armazenamento de água
Acionar a Secretaria Municipal de Saúde ou outro ente público quando forem identificados focos do mosquito Aedes Aegypti de difícil eliminação pelos moradores ou pela população
Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água
Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
Manter garrafas de vidro e latinhas de boca virada para baixo
Guardar pneus em locais cobertos, protegidos de chuva
Fazer sempre a manutenção de piscinas
Encher com massa de cimento os cacos de vidro de muros
Manter as calhas limpas para evitar coleção de água
Lavar os tanques, caixas d’água, tonéis, jarros de planta (áreas internas e externas) com escova para retirada dos ovos do mosquito
Dar destino ao lixo, não acumulando resíduos e recipientes nas áreas ao redor da residência
As empresas de construção civil devem assegurar que as áreas de construção estejam livres de focos do mosquito
As imobiliárias devem manter os imóveis sob sua responsabilidade limpos e assegurar a entrada dos agentes de controle endemias de combate à dengue dos municípios nos prédios para vistoria e tratamento de focos