A Polícia Civil dá continuidade às investigações sobre o assassinato do líder quilombola Edvaldo Pereira Rocha, com oitiva de testemunhas, novas diligências e análise de provas técnicas. O caso ocorreu na última sexta-feira, quando a liderança foi morta a tiros. Ele era presidente da Associação de Quilombolas do povoado Jacarezinho, no município de São João do Sóter. As investigações são conduzidas pela Delegacia Regional de Caxias e têm acompanhamento das secretarias de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e de Igualdade Racial (Seir).
O titular da Regional de Caxias, delegado Alcides Neto, explicou que os trabalhos estão em curso e não pararam desde o dia do ocorrido. “Colhemos informações sobre o caso e que serão mais aprofundadas, após as oitivas das testemunhas. Também solicitamos exames periciais técnicos. O trabalho é intenso para que tenhamos, o quanto antes, a identificação dos envolvidos neste crime”, frisou.
Com os interrogatórios, a polícia pretende identificar envolvidos no caso e outras lideranças da comunidade que tenham recebido ameaças. A polícia analisa também estojos e projéteis de arma de fogo coletados no local e já repassados ao Instituto de Criminalística (ICRIM).
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) mantém equipes em São João do Sóter para garantir agilidade nas investigações e o mais breve possível, identificar os suspeitos. Foi reforçado ainda o policiamento à comunidade da região, para prevenir novos ataques.
Ação
Comitiva de secretários de Estado da SSP-MA, Sílvio Leite, da Sedihpop, Amanda Costa e da Seir, Gerson Pinheiro, também estiveram na região, no fim de semana, acompanhando o andamento das apurações policiais.
A Sedihpop atua por meio da Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade e na ativação do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH). O PPDDH atua na garantia da continuidade do trabalho de lideranças que atuam pelos direitos humanos e que estejam sob ameaças.
As secretarias de Governo vão garantir também acesso às políticas de proteção específicas.