O Maranhão teve uma alta de 0,9% no volume de serviços em abril desde ano. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, na terça-feira (14), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de abril/2022.
Segundo a pesquisa, essa foi a segunda taxa positiva consecutiva identificada no Maranhão, pois em março também houve um crescimento no volume de serviços na casa de 0,3%. Com isso, o Estado teve um avanço, nesse bimestre, de 1,2%. O aumento foi considerável, pois, em fevereiro de 2022, o setor sofreu um recuo de -0,3%.
Na análise dos últimos 12 meses, no Maranhão teve sete meses com marcha positiva, em um houve quadro estacionário (0,0%) e em quatro meses houve diminuição quanto ao volume de serviços. A PMS não deu informação sobre os tipos de serviço que mais cresceram no Maranhão.
Quanto ao Brasil, o volume de serviços prestados cresceu 0,2% em abril, na comparação com março. Foi a segunda alta seguida, com ganho acumulado de 9,5%.
O resultado de fevereiro foi revisado pelo IBGE mais uma vez, passando de uma alta de 0,4% para uma queda de 0,1% – no mês passado, o dado já havia sido revisado de uma queda de 0,2% para alta de 0,4%.
O IBGE destacou que, com o resultado de abril, o setor de serviços passou a operar 7,2% acima do período pré-pandemia. O grande destaque neste mês ficou com o transporte de passageiros que, pela primeira vez, recuperou o nível que tinha em fevereiro de 2020, antes do início das medidas de isolamento social.
Na base de comparação de abril de 2022 com igual mês do ano anterior, no Maranhão houve elevação no volume de serviços na casa dos 4,0%, abaixo da média Brasil (9,4%). Já são 15 meses consecutivos no Maranhão de elevação no volume de serviços nessa base de comparação no tempo. No Brasil, já são 14 meses consecutivos de taxas positivas.
A última vez que o Maranhão teve um resultado superior ao da média do Brasil foi em julho de 2021 (18,7% para Maranhão ante 17,5%, do Brasil). Nessa base de comparação no tempo, principalmente de abril a agosto de 2021, o IBGE destaca que se deve levar em consideração que se está a comparar meses em que a base (no ano de 2020) estava em período de baixa, em função da pandemia, e os meses de referência, no ano de 2021, já vinham retomando maior normalidade em função do avanço da vacinação.
Dentre todas as Unidades Federativas (UFs) da região Nordeste, o Maranhão tem, até o momento, a menor performance e, em comparação com as UFs da região Norte, somente supera o Estado de Rondônia (-1,5%), a única UF com variação negativa no ano de 2022.
No ano passado, 2021, nesse mesmo período, 1º quadrimestre comparado com o mesmo período de 2020, com uma taxa de 5,4%, o Maranhão tinha uma performance melhor do que todas as UFs da região Nordeste, sendo que 7 delas estavam negativadas.
Agora, em 2022, das três UFs com maiores taxas de crescimento do setor de serviços, duas estão na região Nordeste: Alagoas (27,5%) Ceará (+16,5%). Entre essas duas UFs, está o Estado de Roraima (+18,0%).
Segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) trata-se de um panorama conjuntural do setor de serviços da economia brasileira. Fazem parte do painel amostral da pesquisa as empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não-financeiro, excluído ainda o setor O (administração pública, defesa e seguridade social) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).