A segunda vistoria realizada no ferryboat José Humberto, da empresa contratada pelo Governo do Maranhão para fazer a travessia da ilha para a região da baixada, aponta que a embarcação continua sem condições de navegar na baía de São Marcos. A vistoria, que foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Maranhão (MP-MA), no dia 20 de junho, constatou discrepâncias na documentação e também na própria estrutura da embarcação. A Capitania dos Portos aguarda a correção desses problemas para realizar uma nova vistoria.
A embarcação José Humberto chegou a São Luís, vinda do Pará, no dia 31 de maio, mas, as autoridades verificaram que o ferry não tinha condições de fazer a travessia entre São Luís e a região da baixada.
Em uma primeira vistoria feita pela Capitania dos Portos, que faz parte de um inquérito civil aberto pelo Ministério Público Estadual, constava uma lista grande de documentos pendentes da embarcação. O ferry ‘José Humberto’ pertence à empresa Nacon, do Pará.
“É uma embarcação que não foi feita, a princípio pra navegar em mar aberto. Então, tá sendo feita uma adaptação nessa embarcação, desde que chegou aqui no Maranhão pra que ela se adapte às condições nossas, porque a realidade do estado do Pará é pra navegabilidade em rio. A preocupação do Ministério Público Estadual e Federal é exatamente com relação a essas adaptações atenderem às normas técnicas e oferecerem a segurança que nós esperamos para esse tipo de serviço”, analisa a procuradora da República, Anne Neitzke.