No oitavo dia da greve dos coletivos, o prefeito Eduardo Braide vai reunir, novamente, com os rodoviários e empresários do sistema de transporte, para nova conversa. Após dois dias sem qualquer movimento para negociação, esta quinta (28), pode ser decisiva para o fim da paralisação. O prefeito vai apresentar os critérios do auxílio emergencial, proposto por ele, para acalmar os ânimos das duas categorias irredutíveis.
A prefeitura vai conceder passagens gratuitas aos trabalhadores e retornar estes valores aos empresários. Com esse retorno, os emprsários teraõ que avaliar o atendimento das reivindicações dos rodoviários, que pedem, só de reajuste, o índice de 13% e até o momento, tiveram proposta de apenas 2%.
Não se sabe o que de fato será apresentado pelo prefeito, nesse encontro, mas, ao que parece, não deve agradar a gregos e troianos. Os rodoviários querem uma série de direitos trabalhistas, que, além do aumento dos salários, inclui ainda concessão de ticket alimentação, plano de saúde com dependente e carga horária de seis horas. Ou seja, um pacote que, talvez o auxílio oferecido por Braide não possa alcançar.
Do outro lado, uma nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), “até o momento, não houve qualquer sinalização de um encontro” para decidir o rumo sobre a greve. Ainda de acordo com a nota, os rodoviários afirmam que estão dispostos a discutirem com os empresários e a Prefeitura da capital os seus direitos e assim garantir a volta da circulação dos ônibus na Região Metropolitana de São Luís. Por fim, a nota do Sttrema diz que “sem avanços, os ônibus permanecem dentro das garagens e os rodoviários aguardando por uma decisão”.
Enquanto isso, a população vai se virando como pode. As paradas de ônibus têm sido ocupadas pelo transporte alternativo, que lucra com a greve. E o trabalhador, para não perder seu emprego, está pagando mais caro pelo tranporte. Os empresários reclamam de prejuízos, mas permencem com a concessão do serviço.