A Polícia Civil do Maranhão apresentou, nesta segunda-feira (18), o resultado da Operação Barões, que teve como objetivo reprimir o crime de jogo ilegal e corrupção de agentes públicos. A força-tarefa foi coordenada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com apoio de outras superintendências da Polícia Civil do Maranhão, tendo como alvos endereços na cidades de São Luís e na capital fluminense, Rio de Janeiro.
A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão – 18 em São Luís e quatro no Rio de Janeiro – que resultaram na apreensão de aparelhos celulares, arma de fogo e documentos. Além disso, dos 17 mandados de prisão preventivas expedidos pelo Poder Judiciário, 11 foram cumpridos, sendo 10 em São Luís e um no Rio de Janeiro. Entre as prisões realizadas, três são de policiais militares do Maranhão, que segundo as investigações eram responsáveis pelo transporte de valores do esquema.
Segundo o delegado geral de Polícia Civil, Jair Paiva, as investigações devem continuar no intuito de esclarecer a atuação da organização criminosa e que todo material apreendido será analisado, de onde será extraído materiais informativos que devem ser anexados ao inquérito policial.
O foco da ação policial foi uma organização criminosa atuante nos crimes de jogo do bicho, caça-níqueis e jogos online, com ramificações na cidade do Rio de Janeiro e que nos últimos anos se expandiu para outros estados do país.
As investigações apontam que o grupo tem envolvimento no assassinato de Bruno Vinicius Nazon Moraes Borges, morto no dia 12 de fevereiro de 2021, em um bar situado na Avenida Litorânea, em São Luís. A motivação do crime teria sido por disputas de pontos de apostas e pelo fato da vítima pertencer a um outro grupo rival atuante na mesma modalidade de crime.