Equipe de socorristas indianos prosseguem com as buscas pelas mais de 200 pessoas desaparecidas, após parte de uma geleira remota do Himalaia romper. O rompimento destruiu pontes, derrubou represas e lançou torrente de água, pedras e entulho de construção pelo vale de uma montanha.
As equipes de resgate estavam concentradas na perfuração de um túnel de 2,5 quilômetros de comprimento no local do projeto hidrelétrico Tapovan Vishnugad, que a NTPC estava construindo cinco quilômetros rio abaixo, onde cerca de 30 trabalhadores estavam presos.
Vídeos nas redes sociais mostraram água passando por uma pequena barragem, levando equipamentos de construção e derrubando pequenas pontes. “Tudo foi varrido, pessoas, gado e árvores”, disse Sangram Singh Rawat, ex-membro do conselho da vila de Raini, próxima do projeto Rishiganga.
O desastre aconteceu no domingo (7), abaixo do pico Nanda Devi, o segundo mais alto da Índia. O rompimento varreu a pequena hidrelétrica de Rishiganga, que estava em construção, e danificou uma usina maior, rio abaixo. Até o momento, 18 corpos foram encontrados.
A maioria dos desaparecidos é de pessoas que trabalhavam nos dois projetos, parte dos muitos que o governo vem construindo nas montanhas do Estado de Uttarakhand. “No momento, cerca de 203 pessoas estão desaparecidas”, disse o ministro-chefe do Estado, Trivendra Singh Rawat.
Mohd Farooq Azam, professor assistente de glaciologia e hidrologia do Instituto Indiano de Tecnologia em Indore, disse que uma geleira suspensa se rompeu. “Nossa hipótese atual é que a água acumulada e presa nos detritos-neve abaixo da geleira foi liberada quando a massa de rocha da geleira caiu”, disse.