Passados dias de tensão e muitas ameaças, a Rússia, comandada pelo presidente Vladimir Putin, atacou a Ucrânia. A invasão foi nas primeiras horas desta quinta-feira e já apavora o mundo sobre as consequências que podem vir desse confronto.
Pouco depois de Putin ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país. A Ucrânia já informou que pelo menos 50 pessoas morreram neste primeiro momento de embate.
Putin se manifestou sobre o ataque, justificando a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. O presidente russo recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. Ele afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Estados Unidos já anunciaram mais sanções econômicas contra a Rússia. Japão e Coreia do Sul criticaram a ação russa e dizem que estarão ao lado dos norte americanos prestando apoio contra a guerra. China, que é parceira da Rússia, orientou que seus cidadão que estejam na Ucrânia, fiquem em suas casas e demonstrou que não irá se rebelar contra a nação invasora.
Conflito histórico
A Rússia e a Ucrânia vivem uma antiga história de conflitos. Ao longo dos séculos, a Ucrânia fez parte de impérios, sofreu inúmeras invasões, foi incorporada pelos russos e pelos soviéticos, se tornou independente, mas nunca resolveu por completo sua relação com a Rússia.
A Ucrânia é uma ex-república soviética, tem laços sociais e culturais com a Rússia, e o russo é amplamente falado por ucranianos. Além de fazer fronteira com os russos, a Ucrânia é vizinha da União Europeia.
Desde 1991, com o fim da União Soviética, a Ucrânia é um país independente. Mas as histórias do país e da Rússia se confundem. A Ucrânia é considerada o berço da Rússia moderna