Os pacientes que vão até Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Grande São Luís não estão conseguindo atendimento médico há mais de uma semana, por causa de uma paralisação parcial dos médicos, que estão reivindicando salários atrasados. Os profissionais só estão atendendo casos graves. E, enquanto a solução não vem, quem precisa das UPAs tem que esperar horas pelo atendimento.
Na Unidade de Pronto Atendimento do Araçagi, que é uma das mais movimentadas da capital, sobra espaço, pois muita gente está voltando para casa sem ser atendida. Esse foi o caso de Yasmim, que está com problema no joelho.
Na UPA do bairro Cidade Operária, corredores vazios e mais gente voltando sem ser atendida. Um senhor de 76 anos, que sofre de Parkinson, passou mal em casa, mas não conseguiu chegar ao médico.
Os funcionários das unidades de saúde, que não querem ser identificados, contam que os pacientes passam pela triagem e lá, só os casos classificados como amarelo e vermelho, que são de médio e alto risco, são encaminhados para atendimento médico. O problema, é o tempo que os pacientes levam para ser atendidos.
Na UPA do Maiobão, muitas pessoas aguardando pelo atendimento que estava demorado.
A ‘operação tartaruga’ no atendimento nas UPAs já dura mais de duas semanas. Os médicos reivindicam o pagamento dos salários atrasados e o aumento no valor do plantão. Com medo de retaliação, nenhum deles quis gravar entrevista.
Os médicos que atendem nas UPAs, assim como em todas as unidades hospitalares da rede estadual, são contratados e pagos pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o secretário da pasta esteve em reunião com os representantes do Conselho Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos do Maranhão, para discutir com a classe médica sobre a atividade dos profissionais no atendimento aos usuários do SUS da rede estadual. Na ocasião, também trataram do pagamento dos honorários médicos, mas, até agora, não houve acordo.