O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, disse que o paciente de 42 anos diagnosticado com varíola dos macacos, em São Luís, foi infectado por transmissão comunitária. A informação foi dada em coletiva à imprensa, nesta sexta-feira (12).
“Como tecnicamente não teve histórico de viagem, a gente tem que diagnosticar como transmissão comunitária”, afirmou o secretário.
As pessoas que tiveram contato com o paciente já estão sendo monitoradas pela Superintendência Epidemiológica do Estado e pela Secretaria Municipal de Saúde. Até o momento, nenhuma apresentou sintomas semelhantes à varíola dos macacos.
O paciente ainda está internado no Hospital Carlos Macieira (HCM), na capital, e apresenta quadro de saúde estável. O diretor da unidade de saúde, Edilson Medeiros, disse que o paciente está internado não em função do diagnóstico de varíola dos macacos, mas por causa de comorbidades.
“Gostaríamos, de antemão, de tranquilizar a nossa sociedade. O paciente se encontra ainda internado no Hospital Carlos Macieira não pela confirmação da monkeypox, mas pelas outras comorbidades que está sendo necessário a estabilização clínica do plano terapêutico traçado”, ressaltou Edilson.
Casos suspeitos
De acordo com a SES, o estado possui mais nove casos suspeitos da doença. Os pacientes são dos municípios de São Luís (2), Timon (2), Barão de Grajaú (1), Bela Vista do Maranhão (1), Buriticupu (1), Paraibano (1) e Tutóia (1). Todas estão em isolamento domiciliar e sendo acompanhadas pelas secretarias de saúde municipais e pela estadual. Dois dos casos em investigação possuem histórico de viagens, sendo uma internacional.
O perfil desses pacientes vai da faixa etária de nove a 38 anos, sendo que oito deles são do sexo masculino e um do sexo feminino. Eles apresentam sintomas como dor de cabeça, febre de início súbito e, principalmente, erupções cutâneas.
Atendimento
Na Grande Ilha, as pessoas que apresentarem sintomas semelhantes à varíola dos macacos devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UPAs), de gestão municipal, o Hospital Carlos Macieira e o Hospital da Ilha. No interior do estado, além das UPAs, a população pode buscar atendimento nos seis hospitais macrorregionais.
“Todo cidadão que apresentar sintomas com relação a monkeypox deve procurar a porta de entrada das unidades básicas de saúde, as UPAS, e nós também teremos os nossos hospitais de referência. Os hospitais da Grande Ilha serão os hospitais Carlos Macieira e o Hospital da Ilha, e no interior do estado, os nossos seis hospitais macrorregionais. Lembrando que todas as unidades hospitalares mencionadas têm leitos de isolamento”, ressaltou o secretário de estado da saúde, Tiago Fernandes.