Um terremoto de magnitude 5,7 atingiu o sul da Guiana neste domingo (31). Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do tremor foi registrado a cerca de 40 quilômetros da fronteira com o Brasil, no meio da tarde, em Roraima.
Estimativa do USGS, o fenômeno pode ser sentido na maior parte de Roraima e em parte de Amazonas e Pará. Imagens gravadas na capital roraimense, Boa Vista, mostraram o momento em que o abalo foi registrado em uma casa. Não há relatos sobre danos.
O observatório aponta ainda que a cidade brasileira mais próxima ao epicentro do terremoto é Bonfim (RR), a pouco mais de 80 km da origem do tremor e que faz fronteira com a guianense Lethem — a única ligação rodoviária entre os dois países (veja mapa no topo da reportagem).
Moradores da capital da Guiana, Georgetown, também puderam sentir os abalos, segundo a imprensa local. O terremoto foi sentido ainda na Venezuela e Suriname. O epicentro do terremoto estava a uma profundidade de 9,7 quilômetros, considerada relativamente rasa.
FORÇA DA NATUREZA
Os abalos sísmicos ou tremores de terra geralmente ocorrem quando as rochas estão sob grande pressão, vinda do interior do planeta. Essa pressão exerce uma força nas rochas (placas tectônicas) e procura alguma maneira de se exaurir.
Os terremotos são difíceis de prever. Quando acontecem, em questão de segundos deixam um rastro de destruição, derivando prejuízos financeiros e vítimas humanas. Anualmente ocorrem cerca de 300 mil tremores em todo planeta e muitos deles não são percebidos.
O Brasil não está totalmente livre da ocorrência de terremotos, porém, esses tremores ocorrem sem que haja grande destruição de construções e infraestrutura, pois o território brasileiro encontra-se distante da zona de instabilidade tectônica, ou seja, longe das zonas de convergência entre placas.