O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse nesta terça-feira (22) que os países ocidentais deveriam intensificar o envio de armas para seu país, para ajudá-lo a resistir contra a Rússia.
Pouco depois, o presidente russo Vladimir Putin obteve autorização do parlamento de seu país para usar tropas no leste ucraniano, onde reconheceu duas repúblicas separatistas nesta segunda. Putin disse não saber quando exatamente faria uso dessas forças e que não afirmou que seria “imediatamente” (veja mais abaixo).
Apelo ucraniano
“Nesta manhã, enviei uma carta ao secretário britânico das Relações Exteriores, pedindo armas defensivas adicionais para a Ucrânia. Com a mesma pergunta, vou me dirigir aos meus interlocutores nos Estados Unidos”, afirmou Kuleba.
“Nossas melhores garantias serão nossa diplomacia e armas. Vamos mobilizar o mundo inteiro para termos tudo de que precisamos para fortalecer nossas defesas”, frisou.
O ministro ucraniano deverá conversar ainda nesta terça com Antony Blinken, o secretário de Estado americano.
O presidente Putin pediu ao Parlamento russo a permissão para usar as forças armadas da Rússia no exterior depois de reconhecer formalmente duas regiões separatistas do leste da Ucrânia. O pedido foi aprovado por unanimidade logo em seguida. A medida entra em vigor imediatamente, segundo um deputado presente à sessão.
Antes, o Parlamento da Rússia ratificou o acordo assinado por Putin para defender os separatistas do leste da Ucrânia, após o reconhecimento de suas repúblicas.
Putin disse que é impossível dizer com antecedência quais serão as ações militares em Donbass. As eventuais movimentações, segundo ele, vão depender da situação no local.
“Eu não disse que nossas tropas irão para lá imediatamente”, afirmou ele.
Ele afirmou também que a melhor solução para acabar com a crise em torno da Ucrânia seria Kiev desistir de seu desejo de se juntar à Otan: “A melhor solução para essa questão seria que as autoridades atualmente no poder em Kiev desistissem de ingressar na Otan por conta própria e se mantivessem na neutralidade”.