Universitários que moram na Casa do Estudante, situada no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, estão sofrendo com as condições do local. Eles reclamam do abandono da Casa do Estudante da instituição. Dentre os problemas estão rachaduras nas paredes e na fachada, além de infiltrações.
Segundo o estudante do curso de Medicina, Aristóteles Silva, as pessoas que vivem no espaço já solicitaram engenheiros, a fim de avaliarem as condições do local, mas até agora nenhum retorno foi dado a eles. Além disso, o estudante também reclama da falta de segurança.
“É mais um problema estrutural. O prédio ele é cheio de rachaduras. A gente já solicitou engenheiros da universidade para que viessem analisar o prédio, a estrutura do prédio. Problemas também de móveis, tem um fogão de oito bocas e só funciona uma boca em uma casa que tem 78 moradores, que todo mundo usa aquelas cozinhas e também nós estamos com um problema de segurança. Teve um tiroteio há mais ou menos três semanas na nossa área porque tinha um pessoal furtando a fiação do para raio de cima”, revelou Aristóteles Silva.
O prédio passou a ser usado pelos universitários em dezembro de 2018. Muitos estudantes são do interior do Estado e preferiram não falar por medo de serem perseguidos. O Aristóteles é estudante do 3º período de Medicina, natural da cidade de Coelho Neto, a 385 km da capital, e luta pela melhoria do espaço coletivo, onde deve morar por alguns anos até se formar.
“A gente nota que universidade está reformando vários prédios, inaugurando vários prédios e o nosso prédio eles não estão ligando pra gente, e a gente vê uma clara agressão aos direitos humanos, ao direito constitucional, dos direitos sociais, aos próprios penais, que é um decreto que garante assistência estudantil de qualidade pra todos. A universidade exige demais da gente, mas não dá o retorno pra gente. Então, é uma situação muito complicada que a gente está vivendo aqui na Casa de Estudante do campus Bacanga”, desabafou o estudante.
Por meio de nota, a UFMA disse que recebeu as residências universitárias em péssimas condições e que desde então, realiza requalificação interna dos quartos, comprou colchões e máquina de lavar. Disse ainda que mantém agenda de diálogo, planejamento e de atendimento às demandas apresentadas pelos estudantes.