A Secretaria de Estado da Saúde (SES) definiu um fluxo de atendimento para os casos suspeitos da varíola do macaco. De acordo com a secretaria, na rede estadual de saúde, a porta de entrada para os casos suspeitos serão as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A unidade referência para tratamento será o Hospital da Ilha. Já no interior do Estado, as referências da rede estadual também serão as UPAs, onde os pacientes suspeitos ficarão nos leitos de isolamento.
De acordo com o secretário adjunto de Assistência à Saúde da SES, Carlos Vinícius Ribeiro, todas as medidas estão sendo tomadas para atender os pacientes que venham a dar entrada nas unidades da rede estadual de saúde com suspeita da doença. “Todos os esforços estão sendo realizados para que os casos sejam identificados e assistidos de forma adequada”, disse Carlos Vinícius.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde no Maranhão (CIEVS) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen) têm realizado reuniões para garantir a devida orientação aos municípios maranhenses sobre a identificação do caso suspeito, isolamento e a coleta de amostras para confirmação ou descarte de casos, mas, primeiramente, descartando outras suspeitas, como a varicela.
Ainda segundo a SES, estão sendo intensificadas as capacitações com profissionais da rede estadual de saúde para identificação dos casos suspeitos.
As amostras de casos suspeitos da varíola dos macacos no Maranhão serão recebidas pelo Lacen, que fará exames laboratoriais para excluir outras patologias, como arboviroses e sífilis. Após essa exclusão, as amostras são encaminhadas para a unidade de referência nacional que, para o Maranhão, é a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, que vai analisar a amostra para a Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos.
Diagnóstico
A SES destaca que, são casos suspeitos da Monkeypox, pessoas de qualquer idade que apresentem início súbito de febre, erupção cutânea aguda inexplicável, dor nas costas, fraqueza ou fadiga física e dor de cabeça.
A Secretaria também destaca que, para não confundir com outras doenças, devem ser excluídas as suspeitas para varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, chinkungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvírus) e reação alérgica.
Caso suspeito
A SES informou que está investigando um caso suspeito de varíola dos macacos na capital, de um homem de 30 anos, sem histórico de viagens, que chegou na Unidade Mista do Bacangaapresentado sintomas como febre, calafrios, lesões com coceiras e ardor nos olhos. O caso segue sendo monitorado.
Esse é o segundo caso suspeito de varíola dos macacos (Monkeypox) investigado em São Luís. O primeiro caso foi de uma criança de cinco anos. Após uma avaliação de diagnóstico, realizada pelo Ministério da Saúde (MS), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), o caso foi descartado.